O circuito Norbass está de volta e com ele as novidades, depois de um 2016 recheado de bons momentos e grande adesão por parte dos pescadores desportivos, 2017 será sem dúvida um ano de grandes surpresas e algumas inovações onde o convívio e a competição estarão de braços dados para corresponder às exigências de quem ouse percorrer as fantásticas albufeiras do nordeste transmontano, na procura do nosso bem aclamado predador, o achigã.
O circuito composto por cinco provas, teve início no dia 11 de março na célebre albufeira do Arco e Ribeira grande, uma prova apelidada de “Pesca & companhia/ Vega Antrax”, um grandioso evento que contou com a presença de 50 pescadores, acompanhados por uma coesa equipa de 6 fiscais.
O dia avizinhava-se promissor, a ascensão gradual da temperatura nos dias anteriores à prova seria um fator fulcral no aumento do metabolismo dos peixes, o que preadivinhava que na sua modesta atividade, já deambulassem pelas margens da albufeira, na procura de alimento e parceiro.
Momentos antes do início da prova já havia atividade no paredão, a ansiedade da prova era tanta que a palavra dormir foi algo que não constou no dicionário de alguns participantes, que aos primeiros raios de sol já delineavam a estratégia a tomar para acarretar os grandes achigãs das profundezas da massa de água.
Depois de dadas as boas vindas e habituais recomendações às oito em ponto o som da buzina ecoou finalmente pelo vale da Vilariça, a primeira prova do circuito Norbass 2017 estava oficialmente aberta!
Os primeiros minutos pareciam calmos porém o avistamento de vários exemplares pelas margens fazia com que o toque do telemóvel não fosse um som a excluir para os fiscais, que instantes antes haviam delimitado as duas zonas de proteção na albufeira.
Para agrado de todos, não tardou até o som do dispositivo ecoar pelos ingremes montes da Vilariça, o primeiro exemplar fazer jus ao seu apetite vorás coube a Rui Gil, pescador representante da Pesca e Companhia que num local aprimorado consegue a primeira captura da prova, um belo achigã com 810 g que associado as restantes lhe valeram um meritoso 2º lugar com um total de 3310 pontos.
Este foi apenas o início de uma longa fila de capturas que minutos atrás de minutos por ente cantos e reencantos iam surgindo nas mangas dos nossos intervenientes pelas margens adiante.
A fechar o pódio em terceiro lugar com um total de 3 capturas e 3010 pontos ficou Nuno Sousa, pescador independente promulgador do pesca e liberta em Portugal que numa prova complicada foi capaz de demonstrar serenidade, habilidade e capacidade de conseguir capturar os bravios achigãs que nesta prova não queriam dar as mandíbulas ao manifesto.
Bem no cume do pódio ficou David Bores experiente pescador representante da Herackles Espanha, que com 3 peixes colossos visou na partida, alcançando um total de 4730 pontos. Uma vitória digna de um pescador justo e equilibrado que vem cada vez mais fortalecer o vinculo estabelecido entre Portugal e Espanha neste gosto que a todos nós pertence.

Genericamente foi uma prova bem disputada, com capturas de alguns peixes acima das duas unidades de peso, uma fasquia bem acima da média no contexto nacional e claro, vários acima do limite mínimo estipulado para a prova, um dia, que certamente não passará indiferente para todos.
No final houve ainda tempo para experimentar as fantásticas canas veja antrax equipadas a rigor para a execução das demais técnicas de pesca ao achigã, algo que agradou imenso aos participantes que mesmo experimentando o material não colocaram de fora a hipótese de capturar algum exemplar que por ali estive-se, fazendo assim o derradeiro teste ao material.
A segunda parte da “prova” seguiu-se no restaurante Junqueira onde num agradável almoço de convívio e confraternização todos puderam degustar a condecorada posta à mirandesa contando as peripécias da prova e aventuras outrora vivenciadas.
Salvo os três primeiros lugares houve ainda prémio para o maior exemplar, este capturado por Rui Gil, um gigante achigã com um peso total de 2 quilos e 600 gramas, seguido do sorteio de vário material de pesca que amplamente distribuído pelos pescadores tornou o evento mais entusiasmante e divertido.
E nesta convivência termina a primeira prova do circuito Norbass, até junho permanecerá o desassossego pela da próxima prova, esta na albufeira de St.a Justa um evento apelidado de Amorim & Dias onde certamente não faltarão peripécias para contar.
Até lá decorrerá o defeso da espécie, uma ótima altura para redefinir estratégias e apostas em equipamento, novas aquisições e preparação de tudo o que está por vir.